Fernando Reis é o dono da empresa Mica, produtora de cards de publicidade, que utiliza triciclos para distribuição na cidade de São Paulo. Na entrevista abaixo, ele conta porque a segurança foi o diferencial para optar pelos modelos de três rodas.
Ao centro, de jaqueta bege, Fernando Reis, da Mica Cards, ao lado do triciclo customizado. Em volta a sua equipe de motoristas.
Sertãobras: Como você conheceu a opção dos triciclos como transporte?
Fernando Reis: Primeiro eu vi os tuc-tucs circularem na Guatemala em 2007, igual no Peru. Eu pensei, puxa vida, que legal, isso pode substituir as motos na minha empresa na entrega de cards para os pontos de distribuição. Logo depois, em São Paulo, vi os supermercados Pão de Açúcar usando os triciclos para entregar compras e procurei saber onde eram feitos. Foi então que cheguei até a Fusco-Motosegura. Recentemente, também estive na Argentina e vi policiais de Buenos Aires utilizando o triciclo nas ruas.
Sertãobras: Quais os motivos o levaram a escolher os triciclos?
Fernando Reis: Em primeiro lugar a segurança das pessoas que trabalham comigo, a maioria pais de família. Com três rodas, não há a mesma agilidade das motocicletas, por isso é mais seguro. Outra vantagem é a capacidade de carga. Enquanto uma moto comum carrega 20 bolsinhas de cards, o triciclo carrega 50. Eu distribuo também de Uno cargo, que leva 100 bolsinhas, mas a desvantagem é que são necessárias duas pessoas e gasta muito mais gasolina.
Os triciclos customizados e a equipe da Mica.
Sertãobras: Você pode citar outras vantagens do triciclo?
Fernando Reis: A manutenção do carro é muito mais cara e o seguro idem. Eu não gasto com seguro para os triciclos porque as empresas seguradoras não o fazem, eles simplesmente não sabem como proceder.
Outro fato engraçada, que considero uma vantagem, é que os guardas não sabem se eles podem estacionar em locais para motos ou para carros. Os rapazes da distribuição me deram essefeedback, dizem que quando perguntaram a um guarda onde estacionar ele coçou a cabeça, não soube responder, então não pode aplicar multas. Como praticamente não existe mercado para o triciclo, ele não é visado para roubo, então o seguro se torna dispensável. Pela restrição da velocidade, nunca tive um acidente com eles.
Super positivo é a publicidade que o estranhamento aos triciclos produz. Por serem diferentes, as pessoas param e perguntam como funcionam, se são meus conhecidos me telefonam para dizer que viram e gostaram da idéia.
Sertãobras: Você tem idéia do valor da sua economia ao optar por utilizar os triciclos na distribuição?
Fernando Reis: Em relação ao carro, deduzo que faço uma economia de 30 a 40 % do valor do custo geral (combustível, pessoas, seguro etc).
Sertãobras: Qual o tamanho da sua frota?
Fernando Reis: Possuo quatro triciclos em São Paulo, uma moto para serviços rápidos e um carro. No Rio de Janeiro e em Brasília eu continua com as moto, porque não há oficina de manutenção, mas em breve pretendo pesquisar oficinas que se disponham e mudar toda minha frota para triciclos.
Sertãobras: Os motoristas que você contrata precisam de algum treinamento especial para dirigir triciclos? Fernando Reis: Com certeza, pois é muito diferente. Eles fazem esse treinamento na Fusco Motosegura. Sertãobras: Qual a duração de vida dos triciclos? Existe garantia de fábrica?
Fernando Reis: Eu não sei ainda dizer, eles estão com dois anos e em perfeitas condições, acredito na durabilidade. A garantia de fábrica é de uma ano, sem limite de quilometragem. A Fusco Motosegura informa que há uma oficina autorizada para triciclos no Rio de Janeiro, em Duque de Caxias.
Mais informações no tel 11 93965-2110